A tal padronização
Como é ruim fazer algo quando não se quer, no entanto muitas vezes é preciso. Quando se está em um curso superior ao contrário do que se pensa você não vai pensar como seu intimo e sua consciência deseja, você não vai aprender conceito, mas você vai engolir. Na realidade, vamos pensar, ler e fazer o que nos impõe, nem sempre vamos ter voz, nem mesmo em nossos trabalhos, pois como tudo é padronizado, os estudantes também são, e quando o aluno não é organizado, calmo, que leva tudo dentro do padrão, esse aluno não é bom, querem nos impor um ritmo acelerado, ritmo esse que muitas vezes não damos conta, nos enche de trabalhos e provas então decoramos para a prova e passamos pelo processo em vez de tomar posse dele. Não se respeita a criatividade e subjetividade de cada um pois até pra arte e criatividade se tem um padrão, uns servem outros.
O estudante muitas vezes entra em colapso, pois entra em um curso pensando ser uma coisa e é outra, como resistir? Volta o mesmo padrão que pensamos que íamos nos livrar, o padrão de notas, onde a nota é mais importante do que o conhecimento, ou você entra no ritmo de cada professor ou não passa, as vezes é preciso em cada aula incorporar um estudante diferente, conforme o professor. Isso cansa!
Além disso ainda tem professores que incentivam a competição, existem alunos que querem ser melhor do que os outros enquanto na verdade estão no mesmo nível. E esquecem que o conhecimento só tem valor se for para ser compartilhado, conhecimento se adquiri para dividir não para guardar numa caixinha ou fazer dele instrumento de status.
O pior de tudo, é que isso é cultural, parece que esta impregnado nas pessoas. Em todos os lugares passamos por isso, não entendo que necessidade é essa do ser humano de anular e inferiorizar o outro para poder aparecer, sentir-se melhor. É uma hierarquia terrível e como pode-se perceber: na escola é assim, na igreja é assim, na universidade é assim, no trabalho é assim as pessoas estão possuídas por um egoismo profundo no qual não se anulam nem um minuto em beneficio do próximo.
As pessoas querem ter conhecimento para ter status, poder, luxo então acaba que no fim se acham sábias enquanto na verdade são tolas, e nem conseguem perceber que tudo que têm não chega a ser conhecimento, mas informação. Tornam-se pessoas vazias, não vivem, mas passam pela vida. tudo se torna sem graça e obscuro, pois não dão valor ao que tem valor. Tornam-se pessoas tão arrogantes que ficam sem ninguém ao lado, não sei que graça tem isso!
Quero ter conhecimento não informação, querer saber um pouco não tudo, quero amar as pessoas, quero o calor delas perto de mim, quero apreciar cada momento da vida e não estou nem ai se meus amigos têm ou não nível superior: se falam problema ou probrema. E também não ligo se pensam que sou careta ou estou fora do padrão. Quero ser eu! Quero apreciar minha licenciatura, não passar por ela. A questão é só como?
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