segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Animal ou humano?

            Se sou gente ou animal, não sei, depende do momento, alguns me tratam como animal outros como gente. Mas que importância tem? Quem sou ou quem não sou? Como saber? tudo é padronizado.
            Fico a pensar nos cães vivem a pedir carinho. quando o dono chega, logo balançam o rabo pedindo carinho é uma carência sem fim precisam se sentir amados, quando comemos perto deles,
 basta olhar para eles para perceber a cara de pidões, vivem de migalhas, porém, são felizes, pois amam, são sinceros e não ligam quando são humilhados, chutados, não têm orgulho, comem sem etiqueta, se pensam ou não? Não sei, mas vivem na sua essência sem medo.
            E o homem? Como vive? Como é? Como saber? Tudo é padronizado. A sociedade diz como deve ser, como se deve fazer e até o que sentir e o mais incrível como se deve reagir. Os animais agem, sentem e reagem por extinto por natureza e o homem por etiqueta. É isso mesmo por etiqueta. O que sente e o que é: difícil de saber. Não se pode revelar a essência, a sociedade não deixa. E eu preciso ser aceito, será? Pensando bem não quero ser aceito. Quero viver a  essência, mas como? Me matariam? Me chamariam de animal, mas e daí? Talvez seja melhor ser um animal.
            Um cachorro que ama, que come como quer, pode ser chutado, mas é feliz sabe perdoar, não guarda ressentimentos, um pássaro que vive a voar e a cantar, porque? Vive como quer, vive a liberdade.
E o humano? O humano vive a se monitorar, se condiciona a situações, quer ser chique, não quer viver de migalhas, mas come mais migalhas que os cães, vive das migalhas da sociedade, faz o que lhe é imposto, não se permite sentir, não quer ser humilhado, quer ter o nariz empinado, mas é mais humilhado e chutado do que o cão, vive refém da sociedade, do consumismo, da busca pela felicidade. Que felicidade?

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